O que é que este frango tem a ver com o blogue? Nada, mas ninguém prometeu que isto ia ser coerente

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quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Obsessão Alemã

Há largos meses que esperava pelo dia 27 de Agosto. Primeiro, estava um pouco nervoso, pois não entrava numa sala de cinema há largas semanas (no quente do lar os filmes ainda sabem bem), e, mais importante, ia ver possivelmente, uma das melhores obras do cinema.
Inglourious Basterds é de facto uma obra-prima. Quase toda a gente (para não dizer toda) já escreveu ou falou sobre a obra. Faltava eu escrever... Mas não vou fazer uma crítica cinematográfica profissional (pois a minha condição mental não me permite muito). Vamos ver isto como uma composição do básico, com uns quantos adornos linguísticos.
O filme é estrondoso, uma orgia de diálogos altamente desconfortáveis (no bom sentido), um romper com tudo o que é convencional, cenários para mim sublimes (ainda hoje sonho com aquele cinema), prestações fantásticas (Brad Pitt muito bom e Waltz a revelar-se o mestre da companhia), a magia e sensualidade da Mélanie Laurent... Tarantino é sem dúvida um realizador diferente, de uma cultura e visão superior. As críticas negativas (que são muitas), apesar de me fazerem um pouco mal, são bastante compreensíveis. Numa sociedade ainda marcada com o preconceito da suástica nazi, a mais pequena paródia provoca desconforto em diferentes culturas. A história é de facto triste, trágica e vergonhosa, mas a arte deve ser reconhecida e, a cima de tudo, a coragem e as big balls de Tarantino devem ser louvadas. Quem não viu, que tenha vergonha na cara e vá ver.
O certo é que o filme despertou em mim um interesse algo adormecido, sobre factos da Segunda Guerra Mundial. O National Geographic Channel até teve a cortesia de satisfazer o meu desejo e dedicar este mês ao histórico "certame" (vejam o documentário "Apocalipse da Segunda Guerra Mundial", uma produção da France Télévisions Distribution, verdadeiramente brilhante). Mas é um tema que me desperta imensa curiosidade, e ver como o mundo, há cerca de 60 anos, vivia um clima de ideologias extremistas (hoje impossível em países desenvolvidos... ou será que não?), que lhe dava um "colorido" interessante (talvez se eu tivesse vivido uma guerra não andava para aí a escrever certames e coloridos à parva... mas é a minha natureza).
O cinema é sem dúvida uma fonte fortíssima de mobilização para a cultura histórica, e não apenas uma forma de entretenimento banal. Já sabem jovens, vejam cinema de qualidade, com bons artistas, e aprendam sempre alguma coisa.

P.S. - Peço desculpa por qualquer pontapé na língua portuguesa que tenha dado, tanto neste como em posts anteriores, mas é que não tenho muita vontade de rever o que escrevo

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