Mas uma coisa é certa: a UEFA é perita em arranjar todo o tipo de artimanhas para evitar que se comecem a utilizar as imagens televisivas como forma de decisão de um determinado lance (enfim, como se faz em todos os desportos com o mínimo de evolução e rigor). Seria muito complicado usar este método? Perdiam-se alguns minutos (nem tanto) a ver se era mão, ou simulação, ou cotovelada ou cuspidela, e estava tudo resolvido. Nisto, concordo plenamente com Rui Santos, o enfant terrible dos comentadores de futebol.
Por mais árbitros que se chamem, a condição humana não será valorizada. Quando se diz que duas cabeças pensam melhor que uma, há a excepção certa do futebol, em que normalmente esta norma gera ainda mais chatice. A sério, com imagens televisivas, o jogo era mais justo. Vá tudo bem, os jornais tinham menos 20 páginas, e o Jesualdo e o Paulo tinham de falar de macramé nas conferências de imprensa, e não havia o apito final, e o dourado, e o azulado, e o comércio de prostitutas era mais fraco, e as viagens para a Jamaica mais escassas e caras, e chamavam-se menos palavrões aos árbitros nos estádios, e o Olegário afinal era boa pessoa...
Humm, era chato...