O que é que este frango tem a ver com o blogue? Nada, mas ninguém prometeu que isto ia ser coerente

O que é que este frango tem a ver com o blogue? Nada, mas ninguém prometeu que isto ia ser coerente

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Se 4 é bom, 6 então... ui!

É inevitável falar-se disto. Hoje faz-se história no mundo do futebol, com a colocação de mais dois árbitros no terreno de jogo, cada um a vigiar uma baliza. Parece-me interessante, após o jogo do Benfica avaliarei com mais pormenor as vantagens desta medida.

Mas uma coisa é certa: a UEFA é perita em arranjar todo o tipo de artimanhas para evitar que se comecem a utilizar as imagens televisivas como forma de decisão de um determinado lance (enfim, como se faz em todos os desportos com o mínimo de evolução e rigor). Seria muito complicado usar este método? Perdiam-se alguns minutos (nem tanto) a ver se era mão, ou simulação, ou cotovelada ou cuspidela, e estava tudo resolvido. Nisto, concordo plenamente com Rui Santos, o enfant terrible dos comentadores de futebol.

Por mais árbitros que se chamem, a condição humana não será valorizada. Quando se diz que duas cabeças pensam melhor que uma, há a excepção certa do futebol, em que normalmente esta norma gera ainda mais chatice. A sério, com imagens televisivas, o jogo era mais justo. Vá tudo bem, os jornais tinham menos 20 páginas, e o Jesualdo e o Paulo tinham de falar de macramé nas conferências de imprensa, e não havia o apito final, e o dourado, e o azulado, e o comércio de prostitutas era mais fraco, e as viagens para a Jamaica mais escassas e caras, e chamavam-se menos palavrões aos árbitros nos estádios, e o Olegário afinal era boa pessoa...

Humm, era chato...

Só para ir dormir mais descansado

Há uns dias atrás vi o filme "Donnie Darko". Bom filme, mas não é sobre esse aspecto que vou falar (leia-se escrever). Há uma cena, em que Donnie e a sua amiga Gretchen apresentam um trabalho numa aula, creio que de física. O tema do trabalho estava relacionado com a memória dos bebés. Donnie e Gretchen propõem a utilização de uns óculos especiais nos bebés, durante o sono, óculos esses que transmitiriam imagens de acontecimentos bons e felizes. Segundo a sua teoria, nós não conseguimos recordar acontecimentos de infância, enquanto bebés, e este processo ajudaria a estimular a memória, o que levaria a um melhor desenvolvimento.

Toda esta trama fez-me lembrar as minhas memórias de infância, acontecimentos pontuais e se calhar sem nenhuma importância relevante (não, não tenho nenhum trauma), mas que ainda hoje os consigo visualizar com bastante clareza. Um dos mais flagrantes é o do célebre macaco, que vivia numa cúpula de plástico transparente, que se abanava efusivamente enquanto dizia "Quiero ser como tu" ou "Da me dinero, quiero ser tu amigo". O engraçado é que tenho falado e tenho ouvido falar deste macaco muito recentemente, e quase que me vêm as lágrimas aos olhos, porque tenho mesmo saudades deste bicho (eu devia ter uns 2 anos ou menos, e lembro-me muito bem... acho que ainda era bastante infantil).
Este é sem dúvida um ícone de infância da minha geração, assim como, particularmente na televisão, a Rua Sésamo o foi, e assim como no início da minha adolescência o Curto Circuito no CNL o foi. (tão bom tem sido recordar esses momentos esta semana). E vendo este cenário, fico a pensar na malta mais nova que eu... mas que ícones de infância é que esta malta tem? Porque a sério, se malta mais nova que eu, nem que seja 1 ou 2 anos (eu tenho uns redondos 21 anos), não se lembra da Rua Sésamo, que programa marcante tem em memória? O Batatoon? Bem não era mau (até deixarem de dar o Samurai X), mas não tem a mesma relevância social e cultural que Poupas e companhia. E preocupa-me mais quem hoje em dia vive a sua infância, marcada de Playstations 3 e Magalhães. Não sei se actualmente existem programas que possam ter o mesmo efeito dos da minha altura. Os tempos são outros, as rotinas são outras, mas passaram quê, 15 anos? (como é possível). Será tempo suficiente para tamanha mudança? Tenho pena dos putos de hoje em dia, que se calhar já não acordam as 6h da manhã, como muitos, à espera que abrisse a emissão da SIC, cantava-se o genérico e depois via-se o Portugal Radical e o Buéréré. Hoje passam séries dobradas em português ou então o telejornal, aos fins de semana... ridículo. Excepção feita à RTP2 (salva sempre a companhia), que ainda passa desenhos animados à tarde, como antigamente.

Eu sei, sou bastante nostálgico, e relembro o passado sempre com grande alegria. Acho que sou novo demais para este tipo de pensamentos, mas o que se há de fazer? Foram bons tempos sim senhor, e acredito que as memórias de infância nunca mais se apagarão.

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Ai ai....

Dada a minha experiência neste mundo, até me esqueci do título do post anterior (que até ficou bem giro)

Pode se chamar "Considerações sobre o desenvolvimento económico da Papua Nova-Guiné na segunda metade do século XX". É apropriado

Um abraço

Eu sei, eu devia estar a ver o Inter com o Barcelona, e vou já fazê-lo, mas vou ver se escrevo algo relativamente interessante que seja digno de ser postado. Ora deixa-me pensar..... ah já sei.

Fala-se muito da nova onda dos políticos, ao entrarem num mundo com mais humor. É de facto um registo novo para o país (pois até agora só os políticos caricatura do Contra é que eram engraçados), e uma lufada de ar fresco para uma campanha com muito sumo do mesmo sabor. Saudar o Tiago, Zé Diogo, Ricardo e Miguel, dos quais eu sou fã desde os tempos do "mas ela disse que eu não tinha personalidade jurídica" (esta saudação nunca chegará, mas fica aqui a intenção), pelo bom trabalho neste novo "pograma" (o tempo é pouco para muito mais). O formato é bem conhecido lá fora, mas está a gerar grande surpresa cá. Uma agradável surpresa.

A minha teoria é esta: com "Esmiúça os Sufrágios" é que se decidirão a maioria dos votos dos portugueses. Porque, vamos ser sérios, os debates não clarificam a maioria da população. Eu vi alguns, e o meu interesse oscila consoante a clareza do tema (e olhem que eu consigo construir frases com mais de 4 palavras), e as conclusões a que chego são um pouco difusas. E eu acho que este fenómeno acontece com muito mais gente, nalguns casos atingindo dimensões catastróficas. Com o contributo dos Gato, a população já votará naquele político que lhe pareceu ter mais piada (o que é, sem dúvida, o melhor argumento para se votar), sem que isso seja tema tabu. O político com melhor performance sairá mais beneficiado. O dedo é posto na ferida, e é exactamente isso que o povo gosta (ou não se lembram do Big Brother?... bem que comparação mais parva). Hoje é a vez de Portas, que já admitiu que não quer ser tratado "como um cão" no meio de tanto gato.

O sentido de humor é algo verdadeiramente importante, não só numa relação num casal, mas também numa relação extraconjugal com a política. Portugal vive assim durante esta semana um clima mais irónico, mais descontraído, mais interessante sem dúvida. Com ou sem TGVs, com ou sem PMEs, o pessoal vai estar coladinho ao ecrã depois do jantar até sexta (depois disso gramam com a Diana Chaves). Mais uma aposta bem ganha.

Então... porquê isto agora?

Este post será a total negação do anterior...
O jornal "A Bola" sempre me habituou às melhores capas de jornal. As mais emotivas, divertidas, desinibidas, e sobretudo, as mais verdadeiras, nomeadamente no que toca ao meu clube, o Benfica (cá está, estou a revelar pormenores da minha vida pessoal, negando assim o post anterior).
Vamos a factos concretos? Vamos sim senhor.
Há coisa de uma semana, passeava eu no fórum Almada (mais um pormenor da minha vida), e esbarro com esta capa de "A Bola":

Cá está, paródia com Maxi Pereira, bastante divertida, evocando o eterno gelado da Olá, o "Super Maxi", comprando-o com o "lateral" direito do Benfica. Nada de grave, uma capa extremamente credível. Dias antes saíra uma capa com Jorge Jesus no papel de Exterminador Implacável, em mais uma metáfora de extremo requinte:

Palavras para quê, mais uma brilhante capa. Destaque para a declaração de Angulo, que diz que só não joga à baliza. Evidentemente uma mensagem para Pedro Silva.
Mas "A Bola", hoje mesmo, borrou a pintura. Enquanto revelou as verdades, e quando mostrou imparcialidade nas suas notícias, tudo foi um mar de rosas (adoro esta expressão... mais um pormenor pessoal). Hoje, a coisa mudou de figura:

Mas isto é alguma brincadeira? Mas porquê isto? Duelo de gigantes? A sério, é inconcebível, comparar uma equipa que tem Lampard com uma que tem.... vá, o Mariano. A sério, parece que estou a ler o outro jornal, sempre com informação falaciosa. E depois, uma capa com o Caicedo? Ainda por cima com aquele cabelo ridículo? Quer dizer, não bastava o Yannick ter cortado o cabelo há uns tempos (ficando agora aquela bela obra que se vê), ainda acham que devem mostrar o que o Caicedo fez depois de ter jogado pelo Sporting? (é certo que vou cortar o cabelo hoje, vamos lá ver no que dá). E depois... "poder de fogo"? Enfim... salva-se a referência a Ronaldo (que é muito pequena, pois tem-se falado pouco do rapaz) e a análise de Pablo Aimar.
Aprendam com o Record, rapazes, que hoje não falhou:

Um abraço




Crise de identidade?

E pronto, esta é a fase, após um dia de existência, em que tudo se põe em causa. Porque sinceramente, não há um tema, não há fio de jogo (para quem não sabe o que é fio de jogo, assistam a jogos do Sporting), não há crítica política, social, alimentar, o que quer que seja. Atravessa-se uma grave crise de identidade, possivelmente sem retorno (mas quê, o blog tem 1 dia? E já estamos nisto?).
Vamos por partes: eu sinceramente não tenho paciência para andar à procura de notícias interessantes, para depois comentá-las, de forma construtiva e intelectual, quando 2 dias antes a mesma notícia já foi esmifrada em todos os blogs do "género". Não vale a pena, não é bom serviço e não cativa (mas este não é o título do blog?). Divulgar situações da minha vida pessoal também não será uma opção viável. Já apaguei um Hi5 no passado, e não é uma experiência que queira repetir. Aqui só se irão escrever mentiras extremamente credíveis (como aquelas histórias bem divertidas, eh eh, dos comediantes, eh eh.... que têm um cão e... e depois a avó.... ah ah), ou então verdades absolutas, como o facto de eu ser um indivíduo extremamente.... normal.
O importante mesmo será pegar no meu dicionário de 7 volumes, e escrever um texto de crítica, por exemplo, a uma nova colecção de poemas de Armindo Castro, explicando o seu enquadramento económico-social. Isso sim, será um verdadeiro orgasmo cultural.

Voltarei à antena quando assim se justificar.

Obsessão Alemã II

Bem, tanta conversa e nem falei do que realmente me perturba...
Talvez tenha de esperar até Março para ver as consequências da catástrofe, mas ou muito me engano, ou Inglourious Basterds vai ser muito mal tratado pelas academias (vá lá que em Cannes Cristopher Waltz já foi reconhecido). Mas é como digo, o facto de não ser um tradicional filme sobre a Segunda Guerra Mundial (como "O Pianista" de Polanski ou "A Lista de Schindler" do Spielberg, altamente galardoados), pode levar a que se faça uma gigantesca injustiça.
Pronto era só isto, fica uma imagem bonita para dar um colorido ao blog.



Obsessão Alemã

Há largos meses que esperava pelo dia 27 de Agosto. Primeiro, estava um pouco nervoso, pois não entrava numa sala de cinema há largas semanas (no quente do lar os filmes ainda sabem bem), e, mais importante, ia ver possivelmente, uma das melhores obras do cinema.
Inglourious Basterds é de facto uma obra-prima. Quase toda a gente (para não dizer toda) já escreveu ou falou sobre a obra. Faltava eu escrever... Mas não vou fazer uma crítica cinematográfica profissional (pois a minha condição mental não me permite muito). Vamos ver isto como uma composição do básico, com uns quantos adornos linguísticos.
O filme é estrondoso, uma orgia de diálogos altamente desconfortáveis (no bom sentido), um romper com tudo o que é convencional, cenários para mim sublimes (ainda hoje sonho com aquele cinema), prestações fantásticas (Brad Pitt muito bom e Waltz a revelar-se o mestre da companhia), a magia e sensualidade da Mélanie Laurent... Tarantino é sem dúvida um realizador diferente, de uma cultura e visão superior. As críticas negativas (que são muitas), apesar de me fazerem um pouco mal, são bastante compreensíveis. Numa sociedade ainda marcada com o preconceito da suástica nazi, a mais pequena paródia provoca desconforto em diferentes culturas. A história é de facto triste, trágica e vergonhosa, mas a arte deve ser reconhecida e, a cima de tudo, a coragem e as big balls de Tarantino devem ser louvadas. Quem não viu, que tenha vergonha na cara e vá ver.
O certo é que o filme despertou em mim um interesse algo adormecido, sobre factos da Segunda Guerra Mundial. O National Geographic Channel até teve a cortesia de satisfazer o meu desejo e dedicar este mês ao histórico "certame" (vejam o documentário "Apocalipse da Segunda Guerra Mundial", uma produção da France Télévisions Distribution, verdadeiramente brilhante). Mas é um tema que me desperta imensa curiosidade, e ver como o mundo, há cerca de 60 anos, vivia um clima de ideologias extremistas (hoje impossível em países desenvolvidos... ou será que não?), que lhe dava um "colorido" interessante (talvez se eu tivesse vivido uma guerra não andava para aí a escrever certames e coloridos à parva... mas é a minha natureza).
O cinema é sem dúvida uma fonte fortíssima de mobilização para a cultura histórica, e não apenas uma forma de entretenimento banal. Já sabem jovens, vejam cinema de qualidade, com bons artistas, e aprendam sempre alguma coisa.

P.S. - Peço desculpa por qualquer pontapé na língua portuguesa que tenha dado, tanto neste como em posts anteriores, mas é que não tenho muita vontade de rever o que escrevo

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Queres ver que tenho um Tamagotchi em mãos?

Quando se tem um blog, normalmente temos de escrever nele todos os dias, para que este tenha significado. É quase como um Tamagotchi, que temos de lhe dar comida todos os dias, brincar com ele todos os dias, e ouvir aqueles barulhos irritantes todos os dias. O certo é que todos os que tive foram comprados na chamada feira de Sta Iria, e todos já estão mortos e enterrados (vida de contrafacção tem elevados riscos).
Falando de forma mais aprofundada sobre Tamagotchis, fiz agora mesmo uma rápida pesquisa na página oficial dos mesmos, e reparo que agora os bichos até tocam instrumentos musicais! Para quem há uns anos nem membros (superiores e até inferiores) tinha, este é um avanço considerável. A raça humana é realmente obsoleta. A título de curiosidade, dizer que o tempo de vida mais longo que um Tamagotchi aguentou foram........ 28 dias (ah esperava-se mais para quem consegue proezas no youtube).
Uma raça também em vias de extinção são os Furbies. Também desprovidos de membros superiores, e com membros inferiores apresentando claras deficiências motoras, tiveram fortes dificuldades assumir posição na cadeia alimentar. E ainda por cima, quando se começaram a comercializar os bebés, a raça ressentiu-se bastante. Se já com a sardinha, ou mesmo com o vulgar marisco, como a conquilha ou ameijoa, a captura e consumo de crias são puníveis, porque evitam o aparecimento de gerações futuras, por que raio foram comercializar bebés Furbie? Que inconsciência...
Bem eu avisei que isto não tinha rigorosamente piada nenhuma, foi só para fazer tempo até começar o 5 para a meia noite (o quê? já começou?). Bem, então vou mas é ver comediantes a sério.

Au revoir

Mas afinal... porquê um blog?

Esta é a questão central te toda uma trama altamente complexa que tem sido a minha caminhada neste planeta chamado Terra. Não, não temam, não vou falar constantemente em perífrase (foi só um cheirinho para verem o quão chato isto pode ser).
Mas criar um blog com que sentido? Realização pessoal? Não me parece que seja, visto que escrever cansa-me um bocado, e enquanto o faço não posso comer aperitivos salgados de forma insistente. Promoção de projectos? Bem lá para 2014 (e com muita boa fé), quando lançar o meu 3º album de originais com certeza me lembrarei da importância do meu blog. Para comédia? Ora com certeza, então não estou tão divertido? Não se respira humor por estes lados? Não sentem o suor humorístico a sair por dos espaços entre palavras? Humm... não me parece também que seja esta opção. Para expor pontos de vista sobre temas sociais e cultura? Alguma vez, então eu nem sei como é que tirei a 4ª classe!
Ou será para criar alguns amigos virtuais, ganhando assim alguma fama com as coisas giras que escrevemos, e que depois vêm ao twitter falar do nosso blog, e nós ficamos todos contentes porque temos mais 1 ou 2 seguidores, e depois trocamos impressões sobre as nossas vidas, vamos tomar um café com uma rapariga que nos falou no twitter, e depois masturbamo-nos diariamente até ao dia em que a coisa avança para um nível mais interessante? Ora nem mais! Esta é a essência do blog.